segunda-feira, 16 de março de 2009

Condestável D. Nuno Álvares Pereira


Homenagem a São Nuno Álvares Pereira



Para começar este blogue "Arauto das Terras de Neiva" resolvi escolher uma personagem que estivesse intimamente ligada á Nossa História, assim com à História de Portugal.

Assim sendo, achei que uma boa escolha seria Nuno Álvares Pereira, pois teve um papel fundamental para a consolidação do nosso país.


A vida dele foi, e é, um verdadeiro exemplo para todos nós.


Posto isto, vou falar um pouco da vida deste nosso querido Santo.



Pequena Resenha da Vida do Santo Condestável



Nuno Álvares Pereira é um dos cavaleiros portugueses mais conhecidos da nossa história, não só pela sua bravura, mas por toda a história da sua vida.
Filho de uma família fidalga, Nuno Álvares Pereira nasceu a 24 de Julho de 1360 e tinha pouco mais de 20 anos quando se deram as suas grandes aventuras contra os exércitos castelhanos.
Com apenas 13 anos entrou para a corte do rei D. Fernando, sendo então escolhido para ser escudeiro da rainha D. Leonor Teles ao mesmo tempo que aprendia tudo sobre a guerra e as armas com um tio. Pouco tempos depois foi logo armado cavaleiro.
Casou com apenas 16 anos? Casou-se por conveniência dos pais em 1376, com D. Leonor de Alvim.
Durante a crise de 1383, provocada pela morte de D. Fernando, colocou-se ao lado do Mestre de Avis, que parecia mais preocupado em defender os interesses de Portugal do que D. Leonor Teles, a regente do reino.
D. João, Mestre de Avis, chamou-o para o conselho do governo e mais tarde, durante as cortes de Coimbra, nomeou-o Condestável do Reino, um cargo criado pelo rei D. Fernando.
Entre 1383 e 1385 liderou o exército português a várias vitórias, sendo as mais conhecidas as da Batalha de Aljubarrota e da Batalha dos Atoleiros, onde usou a técnica do quadrado.
Esta técnica baseou-se numa estratégia militar usada por Alexandre Magno em exércitos maiores, e que Nuno Álvares Pereira tinha descoberto há pouco tempo num livro. Decidiu adaptá-la e resultou!


Biografia

Nuno Álvares Pereira nasceu na vila de Flor da Rosa, concelho do Crato. É um dos 26 filhos conhecidos do prior do Crato, D. Álvaro Gonçalves Pereira e de Iria Gonçalves do Carvalhal.

Casou com Leonor de Alvim a 1377 em Vila Nova da Rainha, com apenas 16 anos, freguesia do concelho de Azambuja.

Quando o rei Fernando de Portugal morreu em 1383, sem herdeiros a não ser a princesa Beatriz casada com o rei João I de Castela, Nuno foi um dos primeiros nobres a apoiar as pretensões de João, o Mestre de Avis à coroa. Apesar de ser filho ilegítimo de Pedro I de Portugal, João afigurava-se como uma hipótese preferível à perda de independência para os castelhanos. Depois da primeira vitória de Álvares Pereira frente aos castelhanos na batalha dos Atoleiros em Abril de 1384, João de Avis nomeia-o Condestável de Portugal e Conde de Ourém.
O génio militar de Nuno Álvares Pereira foi decisivo na Batalha de Aljubarrota. A estratégia que utilizou, foi a técnica do quadrado, baseado na estratégia usada por Alexandre Magno.

A 6 de Abril de 1385, João é reconhecido pelas cortes reunidas em Coimbra como Rei de Portugal. Esta posição de força portuguesa desencadeia uma resposta à altura em Castela. João de Castela invade Portugal com vista a proteger os interesses de sua mulher Beatriz. Álvares Pereira toma o controlo da situação no terreno e inicia uma série de cercos a cidades leais a Castela, localizadas principalmente no Norte do país.

A 14 de Agosto, Álvares Pereira mostra o seu génio militar ao vencer a batalha de Aljubarrota à frente de um pequeno exército de 6,000 portugueses e aliados ingleses, contra as 30,000 tropas castelhanas. A batalha viria a ser decisiva no fim da instabilidade política de 1383-1385 e na consolidação da independência portuguesa. Finda a ameaça castelhana, Nuno Álvares Pereira permaneceu como condestável do reino e tornou-se Conde de Arraiolos e Barcelos. Entre 1385 e 1390, ano da morte de João de Castela, dedicou-se a realizar raides contra a fronteira de Castela, com o objectivo de manter a pressão e dissuadir o país vizinho de novos ataques.
Do seu casamento com Leonor de Alvim, o Condestável teve apenas uma filha, Beatriz Pereira de Alvim, que se tornou mulher de Afonso, o primeiro Duque de Bragança, dando origem à Casa de Bragança, que viria a reinar três séculos mais tarde. Lembrado como um dos melhores generais portugueses, abraça, nos últimos anos, a vida religiosa carmelita.

Vida Religiosa

Nos últimos anos da sua vida Nuno Álvares Pereira recolheu-se no Convento do Carmo, onde morreu.
Após a morte da sua mulher, tornou-se carmelita (entrou na Ordem em 1423, no Convento do Carmo, que fundara como cumprimento de um voto). Toma o nome de Irmão Nuno de Santa Maria. Aí permanece até à morte, ocorrida em 1 de Novembro de 1431, com 71 anos.
Durante o seu último ano de vida, o Rei D. João I fez-lhe uma visita no Carmo. D. João sempre considerou que fora Nuno Álvares Pereira o seu mais próximo amigo, que o colocara no trono e salvara a independência de Portugal.
O túmulo de Nuno Álvares Pereira foi destruído no Terramoto de 1755. O seu epitáfio era: "Aqui jaz o famoso Nuno, o Condestável, fundador da Casa de Bragança, excelente general, beato monge, que durante a sua vida na terra tão ardentemente desejou o Reino dos Céus depois da morte, e mereceu a eterna companhia dos Santos. As suas honras terrenas foram incontáveis, mas voltou-lhes as costas. Foi um grande Príncipe, mas fez-se humilde monge. Fundou, construiu e dedicou esta igreja onde descansa o seu corpo."
Há uma história apócrifa, em que Dom João de Castela teria ido ao Convento do Carmo encontrar-se com Nun'Álvares, e ter-lhe-á perguntado qual seria a sua posição se Castela novamente invadisse Portugal. O irmão Nuno terá levantado o seu hábito, e mostrado, por baixo deste, a sua cota de malha, indicando a sua disponibilidade para servir o seu país sempre que necessário.

Beatificação e Canonização

Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de Janeiro de 1918 pelo Papa Bento XV. O seu dia festivo é 6 de Novembro. O processo de canonização foi iniciado em 1940, tendo sido interrompido posteriormente. Em 2004 foi reiniciado. No Consistório de 21 de Fevereiro de 2009, o Papa Bento XVI anunciou para 26 de Abril de 2009 a canonização do Beato Nuno de Santa Maria, juntamente com 4 outros novos santos.[1] Este Consistório é um acto formal no qual o Papa pede aos Cardeais para confirmarem os processos de canonização já concluídos. O processo referente a Nuno Álvares Pereira encontrava-se concluído desde a Primavera de 2008.






quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Introdução



OBJECTIVOS



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